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“Plim Plim”...
Tocou a campainha de serviço.
— Quem é? — Indagou a o ocupante da suíte de luxo, regiamente decorada e bancada pelo governo daquele país acolhedor...
— Serviço de acompanhantes! — disse, do outro lado da porta, uma voz de mulher meia rouca, doce e sensual.
— Eu não pedi acompanhante! — respondeu o homem já em retorno ao centro da suíte.
“Plim Plim”...
— O que é ? — indagou impaciente o recém-chegado em meio retorno à porta.
— Sou a “fada-fodinha” — Respondeu doce voz.
“Ora, aquilo era i-m-p-o-s-s-í-v-e-l” — pensou o hóspede.
“Desde de criança imaginava uma “fada-fodinha”... Alguém que pudesse realizar todas suas fantasias, e agora ela lhe aparecia no meio de uma visita oficial a um país estrangeiro!”
Olhou pelo visor da porta e lá estava ela, com uma varinha na mão, que ao invés de ser ponteada pela famosa estrelinha, ostentava um caralhinho dourado, com duas bolinhas da mesma cor à guisa de colhões...
“Não!... Aquilo era realmente demais!...” — A figura coadunava-se, nos mínimos detalhes, com aquela que há anos construíra em seu imaginário e viera alimentando diuturnamente...
“A fada-fodinha!...”
Excitado, despiu-se e, já em pelo, abriu a porta e deu passagem à figura magistral de uma mulata, dessas que a gente só vê na TV e cinema brasileiro...
Ostentava duas asas similares as de borboleta, verdes com manchas em coral meio alaranjado e bolas da mesma cor, porém em tom mais escuro, e mais nada, deixando à mostra os maravilhosos seios e a genitália coberta tão somente com spray de purpurina; atrás, nada... Nada ocultando e deixando à imaginação quanto àquela bunda gostosa, que só as mulatas têm...
“A fada-fodinha"...
...Tomou-o pelo braço, levou-o para a cama king-size e colocou-o na posição certa.
Girou a varinha no ar com magia que estralou um único “plim”, semelhante àquele da campainha.
Sua varinha transformou-se num imenso caralho que ela, com um sorriso nada cinderelesco, incontinenti enterrou no cu do próxeno sem hesitação...
O homem — se é que tanto poderia se dizer — deu um gemido de gozo e, acompanhado de algumas lágrimas, surgiu-lhe à face um sorriso enigmático de satisfação: — cumprira-se seu conto de fadas!...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tocou a campainha de serviço.
— Quem é? — Indagou a o ocupante da suíte de luxo, regiamente decorada e bancada pelo governo daquele país acolhedor...
— Serviço de acompanhantes! — disse, do outro lado da porta, uma voz de mulher meia rouca, doce e sensual.
— Eu não pedi acompanhante! — respondeu o homem já em retorno ao centro da suíte.
“Plim Plim”...
— O que é ? — indagou impaciente o recém-chegado em meio retorno à porta.
— Sou a “fada-fodinha” — Respondeu doce voz.
“Ora, aquilo era i-m-p-o-s-s-í-v-e-l” — pensou o hóspede.
“Desde de criança imaginava uma “fada-fodinha”... Alguém que pudesse realizar todas suas fantasias, e agora ela lhe aparecia no meio de uma visita oficial a um país estrangeiro!”
Olhou pelo visor da porta e lá estava ela, com uma varinha na mão, que ao invés de ser ponteada pela famosa estrelinha, ostentava um caralhinho dourado, com duas bolinhas da mesma cor à guisa de colhões...
“Não!... Aquilo era realmente demais!...” — A figura coadunava-se, nos mínimos detalhes, com aquela que há anos construíra em seu imaginário e viera alimentando diuturnamente...
“A fada-fodinha!...”
Excitado, despiu-se e, já em pelo, abriu a porta e deu passagem à figura magistral de uma mulata, dessas que a gente só vê na TV e cinema brasileiro...
Ostentava duas asas similares as de borboleta, verdes com manchas em coral meio alaranjado e bolas da mesma cor, porém em tom mais escuro, e mais nada, deixando à mostra os maravilhosos seios e a genitália coberta tão somente com spray de purpurina; atrás, nada... Nada ocultando e deixando à imaginação quanto àquela bunda gostosa, que só as mulatas têm...
“A fada-fodinha"...
...Tomou-o pelo braço, levou-o para a cama king-size e colocou-o na posição certa.
Girou a varinha no ar com magia que estralou um único “plim”, semelhante àquele da campainha.
Sua varinha transformou-se num imenso caralho que ela, com um sorriso nada cinderelesco, incontinenti enterrou no cu do próxeno sem hesitação...
O homem — se é que tanto poderia se dizer — deu um gemido de gozo e, acompanhado de algumas lágrimas, surgiu-lhe à face um sorriso enigmático de satisfação: — cumprira-se seu conto de fadas!...
Crônica inspirada em
As Fadas e o Carnaval Sem Trocadilhos, de CARLOS SENA, em http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/3993597
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Juca Love foi preso em casa. A “otoridade policial” bateu à sua porta e lhe apresentou um mandado expedido pelo Sr. Dr. Delegado da Delegacia Especializada no Amor.
—Ué! ? — Exclamou Juca e indagou ao oficial encarregado do seu caso:
— Já existe isso? Delegacia Especializada no Amor?
— Ignorantia legis neminem excusat!¹ — Exclamou o oficial.
“Uau!? ? — Pensou Juca — “Com o quê! Agora temos policiais versados no Latim!”
O mandado, uma peça singela, em cujo cabeçalho se via o brasão, dois corações entrelaçados protegidos de uma flecha por um escudo que minusculamente apresentava seu mote: “LOVE NEVER DIES!”
Ora, aquilo deixou Juca indignado. “Com o quê (?!), agora extraiam nome de musicais² para fazer motes de divisões policiais?”
Em ato contínuo Juca levou as mãos aos olhos e, com os nós dos dedos, esfregou-os: aquilo não era real... Era um devaneio... Adormecera...
Mais abaixo, após o seu nome como intimado, dizia o ofício: ?Fica o intimado a ser conduzido preso por tentativa de morte ao amor, nos termos do art. 6º da Lei 6.639 de 06.06.06 (Lei Sara Keli)?.
Mais uma vez Juca desconfiou da situação: o algarismo seis (6), na numerologia pitagórica³ , era o número o amor e 3 e 9 seus algarismos de afinidade juntamente com as cores azul e rosa...
Imediatamente atinou os olhos com a agudeza de um falcão para o brasão da delegacia e lá estavam as cores azul e rosa!
— Brincadeira! — Exclamou Juca — Sara Keli é Santa Sara, protetora do amor... Isso tudo só pode ser brincadeira...
Juca esticou a cabeça e viu, parada à sua porta, uma viatura policial, ladeada por grossas faixas azul e rosa, com um enorme distintivo pintado na porta, à imagem do minúsculo constante do mandado, com dois policiais enormes já fora da viatura, porém muito bem apessoados, enquanto o oficial se justificava:
— Viemos preparados para conduzi-lo preso...
— Certo! — Respondeu Juca, já disposto a participar da brincadeira... — Deixem-me tão somente vestir-me adequadamente.
No espírito da "brincadeira", Juca colocou um tipo de mocassim azul, porém com sola, uma calça índigo blue, uma camisa branca de manga cumprida, de crepe, colarinho e punhos em cambraia e, como um toque destinado "ao amor", uma gravata de crochê, bem fininha, cor-de-rosa clara, quase pêssego.
Muniu-se de abotoaduras em madrepérolas brancas, um Cartier de forma trapezoide meia abaulada, com números em algarismos romanos e, à sua volta, prendeu sua indefectível pulseira de ouro, também Cartier. Num blazer de linhão azul marinho colocou carteira, documentos, dinheiro solto e, à guisa de puro charme, jogou-o sobre os ombros.
Os policiais dirigiram-se a ele e prenderam-lhe ambos os polegares com uma espécie de minialgema de plástico, que constatou ser resistente, difícil, senão impossível, de ser quebrada sem instrumento próprio.
Juca se dirigiu ao veículo, cuja marca e modelo não conseguiu atinar, acomodou-se, como lhe foi indicado, no banco de trás. O interior da viatura recendia a flores e um dos policiais se postou ao seu lado enquanto o oficial colocou-se à frente, ao lado do motorista.
O veículo deslizou silenciosamente pelo meio quarteirão que distava a casa de Juca da praia e dobrou a direita, à beira-mar, com o sol a bater de frente naquela tarde de verão que, a essa altura, já ensaiava esconder-se dentre os morros da Favela dos Amores.
Juca de súbito notou que o carro parara de deslizar e os morros haviam desaparecido da sua visão. Inclinou-se até onde os vidros fechados do veículo permitiam e percebeu que estavam voando... Pelo menos era assim que Juca sempre via a baia quando os voos de suas viagens decolavam ou aterrissavam.
Juca se recostou novamente no banco do veículo, deu um suspiro profundo e uma palidez cadavérica tomou conta de seu rosto: Juca conscientizara-se de que não se tratava de brincadeira.
Teve, também, a certeza de que não sairia livre da prisão. Seria julgado e condenado. Quanto mais quando viessem à tona que, além do atentado de morte ao amor, ele, de fato, anteriormente já conseguira várias vezes seu intento. E havia, por entre os cômodos de sua casa, beijos, abraços, cabelos e cabaços esparramados, traços de esperma, champanhe e outros fluidos indescritíveis, provas evidentes de que, ali, muitas vezes, a luxúria imperara e o amor estivera presente...
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¹ - Expressão latina também grafada como "Ignorantia juris non excusat", cujo sentido é de que a ignorância da lei não é desculpa. Os países de tradição romana também usam a expressão de Aristóteles "nemo censetur ignorare legem" (a ninguém é dado desconhecer a lei) ou "ignorantia iuris nocet" (ignorar a lei é perigoso (nocivo)).
² - 'Love Never Dies' é uma comédia romântica montada em 1907, com música de Andrew Lloyd Webber, letras de Glenn Slater e, mais tarde, Charles Hart. Ganhou a forma de livro por Lloyd Webber, Slater and Ben Elton. É uma sequência do musical de Lloyd Webber, o Fantasma da Ópera (The Phantom of the Opera), cuja produção tem sido bastante controversa.
³ - Para numerologia pitagórica ver: http://www.planetaesoterico.com.br/numerologia/o-significado-dos-numeros.html.
² - 'Love Never Dies' é uma comédia romântica montada em 1907, com música de Andrew Lloyd Webber, letras de Glenn Slater e, mais tarde, Charles Hart. Ganhou a forma de livro por Lloyd Webber, Slater and Ben Elton. É uma sequência do musical de Lloyd Webber, o Fantasma da Ópera (The Phantom of the Opera), cuja produção tem sido bastante controversa.
³ - Para numerologia pitagórica ver: http://www.planetaesoterico.com.br/numerologia/o-significado-dos-numeros.html.
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Seu blog tá lindo. Obrigado pela inferência,mas eu acho que falar e dizer coisas assim (pouco pudicas) é, sobremaneira, ter saúde mental. Adooooorei.
ResponderExcluircsena