Sobre as músicas do blog... Não devem ser consideradas simples "fundos musicais" para os textos... Foram escolhidas com carinho e apreço, dentre o que há de melhor... São verdadeiras jóias que superam em muito os textos deste humilde escrevinhador... Assim, ao terminar de ler certo texto, se houver música na postagem, termine de ouví-la, retorne, ouça-a novamente se toda atenção foi antes dedicada ao texto... "interromper uma bela música é como interromper uma boa foda... Isso não se faz!..." Por último, se você conhece uma música que, na sua opinião, combina melhor com o texto, não deixe de enviar sua sugestão...

Calor humano

Música deste post (é bem melhor com música): "You'll Never Know". Composição de Harry Warren com letra de Mack Gordon.A canção foi escrita com base no poema escrito pela jovem Dorothy Fern Norris e introduzida em 1943 no filme "Hello, Frisco, Hello", cantada por Alice Faye. A canção ganhou o Oscar de 1943 como Melhor Canção Original e voltou a ser interpretada por Faye no filme "Four Jills in a Jeep", de 1944.  Interpretação de Harry James & Orchestra (1976).




'Helping Hand'· 2009 - Marija Rumberger - óleo sobre tela


Calor Humano

 

Não acredito que todos os seres humanos tenham a mesma temperatura...

Os famosos 37ºC ou 98,6ºF...

Mesmo considerando-se as variações normais... Quanto ao local onde o corpo está...

Quanto ao local do corpo onde é tomada a temperatura...

Creio, mesmo, que certos assassinos, estupradores, bandidos assim gerados

ou criados pelo meio-ambiente, pelas adversidades da vida, por certo são hipotérmicos...

Ou totalmente destituídos de calor humano...

E certos políticos então...

Provavelmente possuem calor humano negativo...

Mas quase todos nós sabemos disso...

A pergunta que me faço é...

Será que sei a taxa de calor humano dos que me rodeiam?

Tenho sido cotidianamente surpreendido por pessoas cujas taxas têm se revelado muito aquém daquelas que eventualmente lhes atribuiria num especulação sobre o assunto.

Ocorre o oposto também...

Porém com menor frequência... Muito menor!

Neste mister, de medir calor humano,

aprimorei minha forma de medição...

Poderia me valer de uma “cesta” de fatores, com escalas diferentes, que iriam desde o termômetro convencional até o nível de amor ao próximo, honestidade, porém detenho-me na temperatura com que o ser humano, o comum, não o bandido, o político,
pratica suas ações corriqueiras perante os seus semelhantes...

Aquele mentir sem ficar ruborizado...

Aquele afirmar e repisar a mentira sem corar...

Aquela declaração de amor descompromissada...

... Com o próprio amor!

Com um “se” condicional oculto...

A falsa honestidade que não se sustenta frente ao espelho...

... A ausência de calor é tanta que nem o embaça...

São defeitos... Dos seres humanos...

Parecidos com aqueles que têm os carros quando vamos comprá-los...

Que não são mencionamos, que são  escondidos...

(kkk)

Os outros, se quiserem e puderem, que descubram...

Os defeitos do carro e do vendedor...

Mas, curiosamente, em que pesem as similaridades...

(São todos defeitos!)

Aqueles que causam a falta de calor humano parecem não afetar os que padecem do seu mal...

Não se procura escondê-los...

Por vezes até procuram transmiti-los...

Vemos seres humanos a praticar o que mencionei às claras:

buscam justificar suas mentiras frente aos filhos, netos,

às irmãs, aos irmãos, aos pais:

“Ser honesto sim, passar por bobo não!...”

Como se a única forma de não se passar por bobo fosse,
 
“friamente”,

mentir, enganar, iludir...

SEM MUDAR DE TEMPERATURA!

Mudança de temperatura... Ausência de calor humano...

Aqueles que assistem as “cassetadas” na TV...

E se divertem cada vez que um ser humano se esborracha...

Gargalham cada vez que alguém se dana...

Uma espécie de calor humano às avessas...

O prazer de assistir a certos programas pseudojornalísticos...

que pisam e repisam desgraças por uma, duas, três horas...

SOB FALSA INDIGNAÇÃO HUMANITÁRIA...

Programas que coisificam a mulher, o homem...

Dinheirificam o sexo “com grande calor”...

Apregoam a traição, o “troco”, o dente-por-dente

como parte do ser humano,

 do calor humano...

A ausência de calor que não nos deixa trocar

a bolsa da moda, o último modelo de smartphone,

por uma visita a uma família pobre...

Por um saco de comida a ser doado...

“Para isso temos o governo”

— afirma-se com imutável calor humano...

Tenho repensado o calor humano...

Conclui que também fiz vítimas...

Porém com esforço,

com espírito critico,

muito crítico,

tenho procurado me redimir...

Já há algum tempo tenho sentido

“um calorzinho extra”

de fastio e indignação...

Cada vez que me deparo ou flagro outro ser humano

a alardear “a necessária falta de calor humano” em certos atos...

Sempre racionalizada sob as mais variadas escusas...

Ou topo com alguém que foi ou está sendo vítima dos atermais convictos!

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