Sobre as músicas do blog... Não devem ser consideradas simples "fundos musicais" para os textos... Foram escolhidas com carinho e apreço, dentre o que há de melhor... São verdadeiras jóias que superam em muito os textos deste humilde escrevinhador... Assim, ao terminar de ler certo texto, se houver música na postagem, termine de ouví-la, retorne, ouça-a novamente se toda atenção foi antes dedicada ao texto... "interromper uma bela música é como interromper uma boa foda... Isso não se faz!..." Por último, se você conhece uma música que, na sua opinião, combina melhor com o texto, não deixe de enviar sua sugestão...
Ser finória...
Desejo de Fera
Música deste post (é bem melhor com música):"Say It (Over and Over Again)". Composição de Jimmy McHugh, letra de Frank Loesser. Interpretação: John Coltrane – Sax, McCoy Tyner – piano, Jimmy Garrison – bass, Elvin Jones – drums.
Habita,
em mim, DESEJO DE FERA... Que com o toque de mulher se eletrifica e mesmeriza-me à iminência de explodir em inexplicável anagogia que beira a ninfolepsia...
Imagino-te aqui, a tocar-me, a deixar-me elevado, arrebatado, por zilhões de sensações motivadas pelo anelo de ideal inefável, só em congeminação atingível.
Teurgia de natureza única, que me transporta para dentro do teu ser... A apiançar-te em sonho acordado.
Ó ser de tetas e cona ardente, que me incita, me agita... Ser cuja boca traz o alimento da minha vida em forma de beijo, vomição de puro desejo... Me toque em pensamento... E no meu grabato, aqui, regurgitarei de prazer e explodirei em átomos de paixão a atingirem-te de forma fulminante e levar-te ao ápice num instante, com o gozo de milhões de oersteds...
Ó ser de cabeça, corpo e cabelos cuja beleza igual jamais se assentou sobre a Terra, envolva meu ser, envolva o meu viver, por ti, só por ti, me entrego até morrer...
Mulher...
..............
Contam que Zeus,
para punir Prometeu
que o enganara em prol da humanidade,
e assim se vingar dos mortais,
deu a Epimeteu, irmão de Prometeu,
a primeira mulher,
Pandora,
concebida com a malícia
que Hermes (Mercúrio) lhe atribuiu.
Porém, além da ardileza,
elas podem ser tudo, inclusive muito mais
FERA dos que os homens...
Colecionadores de colas
Música deste post (é bem melhor com música):"Confessin'", gravada inicialmente em 18 de dezembro de 1929 por Thomas "Fats" Waller & His Babies", com créditos de composição a Chris Smith and Sterling Grant, em 1930 essa canção renasceu como "(I'm) Confessin (That I Love You)" com música creditada a Doc Daugherty and Ellis Reynolds e letra de Al Neiburg Doc Daugherty and Ellis Reynolds. Interpretação de Lester Young e Oscar Peterson Trio.
O amor nunca morre de morte natural...
Contrariando o costume do blog, este post na página principal não pertence ao autor do blog e a música, também, não é instrumental... As razões
vão ao final do post.Musica: "If", de David Gates. Interpretação de Frank Sinatra.
vão ao final do post.Musica: "If", de David Gates. Interpretação de Frank Sinatra.
Guerreiro... Guerreira...
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''Warriors and Angels' (Guerreiros e Anjos) - 2007 - Emilio Merlina - acrílico sobre ferrororo |
Guerreiros... Guerreiras...
Ser guerreiro... Guerreira... Parece ser o anseio de todo ser humano. Homens e mulheres atribuem-se feitos de glória: na luta pela sobrevivência, no trabalho, em casa, na cozinha, na cama, nos amores... E “desamores”, principalmente...
É assim como se a natureza do ser humano exigisse dele essa condição... E exige mesmo! Ela foi sine qua non à existência da raça humana...
Todavia, hoje só bandidos e policiais fazem guerra, vivemos tempos “de paz”... Tempos “de perdão”... Só não se perdoa as coisas do amor... Que ironia! Tempos do “deixa prá lá”... E se não deixarmos somos recalcitrantes, “não nos adaptamos”, somos intransigentes, somos tudo, menos guerreiros... Guerreiras...
Os guerreiros de hoje, civilizados, fazem guerra de terno e gravata... Apertam inúmeros botões multicoloridos, que lançam mísseis, destroem vilas, cidades, países... Com um copo de uísque na mão... Botões que disparam as subidas e descidas das bolsas de valores e assim destroem fortunas, impérios econômicos construídos à custa de sangue, suor, trabalho e ideal dos nossos antepassados... Botões que disparam e-mails incólumes pelo anonimato, mofinas que destroem vidas e lares, posts no Facebook que caluniam, insultam, “dão o troco”, verdadeira guerra... Esses são os guerreiros... Na segurança da distância virtual todos são guerreiros...
Somos guerreiros que clamam por aposentadoria, “o descanso do guerreiro”... Regozijamo-nos em assim nos intitularmos... Cada um acha que sua batalha foi e é a maior... Mas estamos todos aqui, aí, acolá... Vivos... Os verdadeiros guerreiros, aqueles que fizeram a história, não morreram na aposentadoria, só a fizeram porque morreram fazendo-na...
Somos, isso sim, meros sobreviventes... Aproveitamo-nos, e porcamente, porque estamos destruindo tudo, de tudo aquilo que nos deixaram os verdadeiros guerreiros... Regado à sangue... Comemos do banquete os restos... Chamamos de batalhas e "guerras" a busca desenfreada do alimento além do necessário, do dinheiro para o carro novo, a casa própria, a viagem de férias, pagar as prestações disso tudo, ajudar o filho, a filha, os agregados, os netos atravessados, mas assim mesmo bem-vindos... Cuidar dos velhos... Que também não são guerreiros, porque senão velhos não teriam ficado velhos (Hi! Tô falando de mim!)... E nos pegamos, após a casa cheia de “amigos”, filhos, parentes, na mais completa solidão... Vamos à Internet buscar alguém pra conversar... Sites de relacionamento...
Têm-se, pois, que olhar-se à história, do mundo e à nossa própria, para atribuirmo-nos a condição de guerreiro, indagarmos a nós mesmos sobre nossas glórias e conquistas... Não aquilo que meramente fizemos para sobreviver... E com honra — aquelas obtidas através da infâmia, do mau-caráter, da covardia, do sacrifício alheio, mediante ardil, não podem sequer ser chamadas de vitórias.... Quanto mais de guerreiros...
Somos, acima de tudo, sobreviventes de nós mesmos... Aos cantos, cheios de frustrações, sem verdadeiras batalhas... Mas teimamos em nos intitular “guerreiros”... “Guerreiras”... Um típico caso de metáfora... Ou metonímia... Meras figuras de palavras... Figuras de linguagem... Figuras...
Meu quadro...
Está a borrar...
Pinceladas demais...
Tintas sobre tintas...
Está na hora da pincelada final...
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