Icaraí - Niterói - Brasil |
Soneto
esdrúxulo
(Inspirado no conto Alienista, de Machado de Assis)
Na solidão que vivo hoje
Sofro — fora dela — o amargo da separação
De uma musa — talvez mulher
Que me fez companhia
Recordo que cantava para mim
Uma música desconhecida
Onde a música ia para direita
E a letra para esquerda
Separavam-se letra e música
Sem nunca formar harmonia
— eis que oriunda de vários autores
A companhia que me deu
Contrasta — sem dúvida — com minha solidão
Tal qual a música de vários autores, também houve
separação.
Niterói/1968
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