Rio...
Que cidade é essa,
que assusta e apavora,
cujo medo acabou
com as noites de outrora ?
Há temor em cada esquina!
Os reluzentes lampiões,
a cidade trocou
por escuros canhões.
Impunes em pequenas mãos ,
enormes cruzadores
não fazem estragos maiores,
que as armas dos menores.
Quem ainda canta na Glória,
no meio da madrugada,
já não se arrisca à pedrada,
mas a morrer por nada.
E o solícito flanelinha
chantageia o casal,
pede uma moedinha
...prá evitar algum mal.
Guarda-carro, guarda-costa,
guarda tudo que se gosta,
enquanto a polícia civil
finge que nada viu.
Coitada de ti cidade querida,
que já não abriga,
não tem mais calor,
vive da morte e da dor.
Coitada de ti cidade querida,
que em linda harmonia,
já cantei em verso e prosa,
pois te conheci
cor-de-rosa !
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