Num passe de mágica
Num passe de mágica
desmaterializo-me e,
desmaterializo-me e,
pela força do desejo,
transporto-me à distância
do seu estar.
Posto-me invisível,
furtivo, colado,
carrapatado em teu costado.
transporto-me à distância
do seu estar.
Posto-me invisível,
furtivo, colado,
carrapatado em teu costado.
Teço meu cabelo ao seu.
Propositalmente, com volúpia,
esfrego minha barba, arranho-lhe a nuca.
Em lenta descida,
corro meus lábios sobre teu dorso
serpenteio-te com meu corpo,
à altura dos seios,
para tomar-lhe os mamilos.
Beijo-os como se houvera
nunca antes assim feito.
E retrocedo no tempo
porque aquele que queremos
é o que sempre é.
Não me vês,
não me enxergas,
sou só energia que te acerca,
que inexplicavelmente te envolve.
E me sentes. Ah como me sentes!
Trêmula, em direção contraria
teus pelos assumem,
incontido arrepio.
E como maior energia
se sobrevenha,
acabas por sentir o peso do
meu corpo.
E, em erótica genuflexão,
te colocas de joelhos,
de modo a ver o esplendor
do teu próprio sexo,
inexplicavelmente intumescido,
lábios úmidos, escancarados...
Como possuídos por Priapo!
Mas de Afrodite e Dionísio
o filho não se faz presente...
Há tão somente desejos,
energias circungirando
que se apoderam de ambos,
a milhas de distância...
E traduzem, na mais solene
crueza humana,
as transformações almejadas
pela alma, desejadas pela mente...
Irrefreáveis pelo corpo!
E que energia!!! Desejos incontroláveis..quase palpáveis....Voltarei para ler...e dizer mais.
ResponderExcluir