Poemas doídos
Olho-te...
Olho-te...
e nada decifro!
Sinto então o aríete
marrar o portagão,
que em meu peito represa
toda emoção,
como se deitá-lo ao chão
trar-me-á à razão.
Finjo-me normal
vendo-te vazia,
destituída da estesia
que outrora luzia
no rosto faceiro,
hoje penamar
que traduz pesar.
E minha mente vaga,
por ceca e meca,
cavouca as ruínas
do meu passado,
dá com cabras-cabriolas
que além de crianças
devoram minhas esperanças.
Mentalmente engalfinho-me
em liças conspurcadas,
cujas razões malfadadas,
eu sei, só trarão
e o pior, sem razão,
poemas doridos
" Olho-te e nada decifro"....nesta fraze cabe a essência inteira desse poema que de tão doído, fere a alma do lado de cá.
ResponderExcluirRetificando: FRASE...(um erro de digitação,poeta) !!!
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